Terapia Celular ou Medicina Regenerativa
A terapia celular ou medicina regenerativa vem se mostrando como a grande aposta para o futuro da medicina. A possibilidade de reparar um tecido ou mesmo um órgão sem a necessidade de enxertos ou transplantes, vem fazendo com que a cada dia mais grupos iniciem estudos com a utilização de células-tronco.
Células-tronco podem ser definidas como células multipotentes e indiferenciadas com capacidade de se multiplicarem mantendo-se indiferenciadas por longos períodos, e que mediante a estímulos específicos, podem se diferenciar dando origem aos diversos tipos celulares maduros e funcionais que compõem os tecidos de um indivíduo adulto, como por exemplo: ossos, cartilaginoso, cardíaco, nervoso, muscular, sanguíneo, adiposo e hepático.
Devido a estas características próprias, quando as células são reintroduzidas no organismo podem adquirir a funcionalidade de qualquer tecido resultando em sua regeneração.
Hoje a terapia já é utilizada clinicamente para o tratamento e/ou controle de algumas doenças como:
-
DOENÇAS OSTEOARTICULARES
-
DOENÇAS DEGENERATIVAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
-
DOENÇAS CARDÍACAS
-
DOENÇAS RENAIS
-
DIABETES
-
DENTRE OUTRAS
As formas de aplicação podem variar de acordo com cada caso, sendo elas:
-
Endovenosa
-
Intra-medular
-
Intra-arterial
-
Intra-muscular
-
Diretamente no foco da lesão
A indicação do uso das células-tronco depende da avaliação de três fatores:
-
Doença;
-
Grau do estadiamento da doença;
-
Quadro clínico do paciente.
Nos mamíferos a formação de órgãos e tecidos ocorre de forma natural durante o desenvolvimento pré-natal do organismo, e é mantida durante toda a vida do indivíduo através dos processos de reparação celular, que são iniciados pelo organismo em caso de trauma ou doença.
Porém esta capacidade regenerativa de órgãos e tecidos em adultos é limitada e varia de acordo com o órgão ou tecido a ser reparado. Essa reparação está baseada na capacidade de proliferação e diferenciação para diferentes tipos de linhagens celulares.
Estas células capazes de realizarem está manutenção contínua e o reparo de tecidos e órgãos encontram-se em um estágio indiferenciado. Por suas características apresentam um alto potencial terapêutico e atualmente são denominadas células de reserva ou células-tronco.