Ozônioterapia
Tratamento com Ozonioterapia
A ozonioterapia é uma técnica que utiliza a aplicação de uma mistura dos gases oxigênio e ozônio, por diversas vias de administração, com finalidade terapêutica. Ozônio medicinal é sempre uma mistura de ozônio e oxigênio. De acordo com a indicação e tipo de aplicação, a concentração pode variar entre 1 e 100 mg/L (0,05-5%O3). O profissional habilitado determina a dose adequada e a via de aplicação de acordo com a indicação e as condições do paciente.
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As aplicações de Ozonioterapia são determinadas por suas propriedades antiinflamatórias, antissépticas, de modulação do estresse oxidativo, de melhora da circulação periférica e da oxigenação. Isto determina o amplo número de patologias em que a Ozonioterapia pode ser utilizada de modo isolado ou complementar.
É importante saber que doses excessivas de ozônio podem causar danos aos pacientes e doses baixas podem ser ineficientes. Somente um profissional capacitado poderá indicar a dosagem e via de aplicação correta.
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Como o ozônio é um gás altamente instável e logo se recompõe a oxigênio, o gás deve ser gerado no local do uso, com equipamentos específicos, que produzem a mistura oxigênio-ozônio em concentrações específicas e precisas.
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Aviso: a Ozonioterapia é um procedimento médico e, como tal, deve ser feita exclusivamente por um profissional qualificado, devidamente treinado e experiente. As informações fornecidas neste site são meramente informativas, com objetivo de esclarecer e não substituir a relação que existe entre um paciente / visitante a este site e seu médico. As informações fornecidas não substituem avaliação médica pessoal.
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Indicações e Benefícios
As concentrações e modo de aplicação variam de acordo com a afecção a ser tratada, já que a concentração de ozônio determina o tipo de efeito biológico e o modo de aplicação relaciona-se à sua ação no organismo.
Dessa maneira, podem ser tratadas pela Ozonioterapia as patologias de origem inflamatória, infecciosa e isquêmica. Por sua habilidade de estimular a circulação, a Ozonioterapia é usada no tratamento de doenças circulatórias. Possui propriedades bactericidas, fungicidas e virustáticas, pelo que é largamente utilizada para tratamento de feridas infectadas.
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O ozônio medicinal pode ser indicado para o tratamento de :
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Problemas circulatórios
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Diversas doenças e condições do paciente idoso
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Doenças causadas por vírus, tais como hepatites, herpes, calicivirus, etc...
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Feridas infectadas quaisquer, inflamadas, de difícil cicatrização, como úlceras nas pernas, de origem vascular, arterial ou venosas (variz, úlceras por insuficiência arterial, e todas as feridas com cicatrização por segunda intenção.
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Colites e outras inflamações intestinais crônicas
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Queimaduras
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Hérnia de disco, protrusão discal, dores lombares
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Dores articulares decorrentes de doenças inflamatórias crônicas.
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Imunoativação geral.
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Como terapia complementar para vários tipos de câncer
Quais doenças são tratáveis com ozônio medicinal?
Várias doenças podem ser influenciadas positivamente ou mesmo curadas pelo ozônio. Este é um fato que é confirmado por uma série de investigações científicas e de publicações médicas.
De modo geral, o ozônio medicinal é aplicado paralelamente a outros medicamentos, podendo ser utilizado como terapia complementar.
É preciso que todos saibam que o ozônio medicinal, quando utilizado de maneira correta e indicado com segurança, é valioso, prático, eficaz. Por outro lado, como aliás ocorre com qualquer tratamento ou procedimento médico, não há e nem pode haver garantia de sucesso terapêutico em 100% dos casos tratados.
O sucesso variará de acordo com o estado de saúde do paciente, a frequência do tratamento do ozônio, as doses e as concentrações aplicadas, entre outros fatores.
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O site da ABOZ destina-se a fornecer informações seguras a respeito de um tratamento que tem sido utilizado em diversos países ao longo dos últimos 70 anos.
Tratamento com Ozonioterapia
O gás ozônio é muito mais que a camada da estratosfera que nos protege. É um gás com infinitas aplicações, nos mais diversos campos de atividade humana.
O ozônio é um dos gases mais importantes na estratosfera que cerca nosso planeta.
Esta camada protetora de ozônio age como um filtro da energia ultravioleta (UV), altamente destrutiva, que vem do sol, ajudando a manter o equilíbrio biológico em nosso planeta.
O ozônio é a forma triatômica do oxigênio enquanto o oxigênio é normalmente encontrado em sua forma diatômica (O2). Forma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem , e os átomos separados combinam-se individualmente com outras moléculas de oxigênio. Pode ser formado naturalmente, pela ação dos raios UV ou pelos geradores de ozônio, que convertem O2 em O3.
O ozônio (O3) é um gás bastante reativo e altamente instável, ou seja, logo se recompõe a oxigênio (O2). É um dos oxidantes naturais mais potentes e é também um poderoso germicida. Estas características conferem ao ozônio uma gama de aplicações, sendo utilizado em medicina como também em processos industriais, tratamento de águas, alimentos, gases, efluentes e também como agente clareador/branqueador.
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História da Ozonioterapia
O gás ozônio foi descoberto em 1840 pelo pesquisador alemão Dr. Christian Friedrich Schoenbein, que observou um odor característico quando o oxigênio era submetido a uma descarga elétrica, e pela freqüência sistemática com que isto ocorria, o chamou de “ozein”, que em grego significa “aquilo que cheira”. Em 1857, o físico Dr. Werner Von Siemens, desenvolveu o Gerador de Alta Freqüência, aparelho que forma o gás ozônio através de descargas elétricas em átomos de oxigênio.
A ozonioterapia médica é utilizada desde o século XIX, os primeiros estudos foram desenvolvidos na Alemanha. Inicialmente o tratamento era utilizado para combater a ação de bactérias e germes na pele humana.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) médicos alemães e ingleses utilizaram o ozônio para o tratamento de feridas em soldados, conforme já publicado na revista THE LANCET, nos anos 1916 e 1917.
Erwin Payr, importante cirurgião austríaco, professor em Leipzig, experienciou o tratamento com ozônio por seu dentista, E. A Fisch, e em 1935 apresentou uma publicação de 290 páginas intitulada "O tratamento com ozônio na cirurgia". E este foi o inicio da ozonioterapia que conhecemos hoje.
A ausência de materiais adequados, resistentes à oxidação - como plásticos para aplicação local de ozônio em feridas, ou insuflação retal do gás - tornava sua utilização complicada, razão pela qual foi durante um tempo esquecida.
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Hans H. Wolff dedicou sua vida à pesquisa e aplicação do ozônio e em 1979, um ano antes de sua morte, publicou seu livro "O Ozônio Medicinal" onde apresenta sua pesquisa e prática médica do uso do ozônio. Ele fundou a Sociedade Médica Alemã de Ozônio, posteriormente renomeada Sociedade Médica para Aplicação Preventiva e Terapêutica do Ozônio.
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Particularmente o conhecimento da aplicação médica do ozônio difundiu-se pela Europa, e ganhou grande aderência nos países do leste europeu, particularmente na Rússia. Pelo estreito contato tecnológico com a Rússia, Cuba passou a desenvolver também sua experiência com o uso do ozônio, e hoje detém a maior experiência em sistema público de saúde com 35 Centros Clínicos de Ozonioterapia, além de unidades hospitalares e o maior centro de pesquisa básica e ensaios biológicos de ozônio. Hoje também o ozônio está sendo desenvolvido em outros países, como no Canadá, México, e alguns Estados Norte-Americanos e países da Ásia como China, Malásia e Coreia.
No Brasil, o médico Heinz Konrad iniciou a prática em 1975 na sua clínica em São Paulo, e com ela trabalha até hoje. Em meados dos anos 90 o Dr. Edison de Cezar Philippi (in memorian) introduziu a prática em Santa Catarina e difundiu a Ozonioterapia em inúmeros cursos e congressos.