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Fatores Externos, Mudanças Internas

Quando hábitos repetitivos podem estar relacionados ao comportamento estereotipado em felinos, e passam despercebido pelos tutores.

Alguns felinos, por diferentes causas, sofrem algumas alterações comportamentais.

É possível notar diversas mudanças características nos hábitos dos felinos, isso pode estar relacionado ao comportamento estereotipado, o especialista em Medicina Felina, mestre em Ciências e diretor Clínico da clínica Gatto de Botas (São Bernardo do Campo/SP), André Gatti descreve aspectos do problema em gatos.

Segundo Gatti, comportamento estereotipado são alterações relacionadas aos comportamentos repetitivos, como lambedura compulsiva, lamber sacolas, entre outros. E pode ocorrer por determinadas situações. "Esse fato está, normalmente, relacionado com estresse, e costuma ter um bom prognóstico, quando devidamente manejado", destaca.

Em relação ao aparecimento desse hábito nos animais, o médico-veterinário afirma que, alguns casos, como os de lambedura compulsiva, podem apresentar manifestações clínicas possíveis de serem percebidas durante o atendimento clínico. "Falhas de pelos simétricas e, muitas vezes, sem sinais de lesões, normalmente, estão associadas a quadros de lambedura compulsiva, chamada de tricotilomania", declara.

Como detectar?

Geralmente, as variações de comportamento são notadas pelo tutor que, muitas vezes, não associa o mesmo como algo anormal, comenta Gatti. "Dependendo do comportamento, se o responsável pelo animal não faz um relato durante a consulta, o médico veterinário não irá suspeitar", pontua.

O profissional explica ainda que a incidência desse problema em felinos pode ser frequente e ser causada por diversos motivos, normalmente atinge os animais adultos, porém pode acometer também

animais mais jovens.

O médico-veterinário esclarece que a ocorrência não está associada ao gênero do paciente. "Este tipo de transtorno não tem predominância por sexo ou raça, porém o ambiente em que o animal vive exerce forte infl uência na manifestação do comportamento", constata.

Existe uma causa?

O especialista menciona que algumas circunstâncias podem dar início ou agravar o problema já existente no felino, e que pode ser a causa do problema. “Situações estressantes, como introdução de novos animais, reformas, visitas, ambientes onde não foi realizado o enriquecimento que possibilite ao animal ter uma boa saúde mental”, ressalta. Segundo Gatti, as mudanças no ambiente e situações que submetam o animal a estresse, podem desencadear ou agravar o quadro, em animais que apresentam o problema, é recomendado evitar os banhos e mudanças no ambiente, até mesmo a mudar os móveis de lugar pode ser prejudicial.

É possível tratar?

O profissional compartilha que existe tratamento e que o prognóstico vai depender de cada caso e da gravidade do mesmo, na maioria das vezes, realizar as modificações no ambiente, reduzir o estresse e seguir orientações prescritas, já trará melhora ao animal. “Depende da situação, muitas vezes, não existe a necessidade de entrar com medicações, apenas o enriquecimento ambiental pode ser suficiente, ou a correção de alguns fatores no manejo ambiental”, conclui.

Aconteceu na clínica

Gatti recorda de um caso em que um siamês, macho, chamado Theo, e que convive com outros dois gatos de forma harmoniosa, passou a apresentar tricotilomania, lambedura compulsiva nele e nos demais animais com os quais convivia. “Descartados todos os diagnósticos diferenciais, vive em ambiente com enriquecimento, o quadro estabilizou, após o animal ser medicado com fluoxetina”, afirma.

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